sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Costa de Goa - Paraiso na Terra
Certa noite, depois do jantar, fomos a um bar perto do nosso hotel onde conhecemos algumas pessoas. Um delas, chamava-se Dilip Joshi, que era nada mais nada menos, o dono da discoteca POISON ( a mais famosa de Bombaim). O Senhor disponibilizou ao Bernardo um Guest Card e nome na Guest List, para nos facilitar a vida nocturna durante a nossa estadia em Mumbay!
Num próximo Post, provavelmente o ultimo, relatarei a aventura no POISON.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Goa
Chegamos a Goa, mais propriamente a capital, Panaji, após uma viagem de comboio de 12 horas, realizada durante a noite.
Panaji e uma típica vila portuguesa, parecida com as que encontramos no Alentejo, vêem-se ruas com nomes portuguesas, grande parte da população fala português ( nomeadamente pessoas nascidas antes de 1961, altura em que Goa passou a pertencer a republica indiana), igrejas, casas, hotéis e guest houses com uma declarada construção lusitana.
No primeiro dia passado na ex-colónia, passeamos pelas ruas de Panaji, visitamos lojas e almoçámos um óptimo caril de gambas numa marisqueira. Outra situação que merece destaque e, referir que, a única vaca que encontramos, estava fatiada, com 15 cm de largura, em cima de um prato de cerâmica coberta por um ovo estrelado, ao jantar num restaurante chamado BAR JORGE!
Na manha seguinte, depois de adquirir umas motas de aluguer, fomos para Old Goa, onde visitamos a igreja S. João de Deus e a Se, a Basílica do Bom Jesus, onde esta sepultado S. Francisco Xavier. À tarde dirigimo-nos para uma vila chamada Margao, onde almocamos. Apos o descanso para refeicao, seguimos para Chandor, local onde esta situada a Casa dos Bragancas. A casa e ainda habitada por dois ramos da Familia Braganca ( os Menenzes Braganca e os Braganca Pereira). Uma senhora de idade, da familia Menezes Braganca fez-nos uma visita guiada pela casa, onde nos mostrou todas as divisoes, mobilias e biblos, que estranhamente datavam todos de ha 250 anos atras, desde jarras chinesas importadas de Macau, a candelabros belgas, pratos franceses e marmore italiano. Nao sendo nenhum de nos perito em historia de arte, fomos acreditando. Ate que a prestavel senhora, nos aponta um quadro do seu Bisavo, tambem com 250 anos, que vestia um casaco com galardoes doados pelo Rei D. Carlos. O Penultimo Rei de Portugal, fez uma oferta cerca de 100 anos antes de nascer.Foi portanto uma jornada engracada de ver, mas rechedada de conflictos cronologicos.
Para finalizar, não posso deixar de mencionar um senhor, chamado Alito" Palito " Ursula D' Sousa, notoriamente embriagado, que nos bloqueou no meio da rua e posteriormente abriu as portas de sua casa. Alito falava um português fluente, profundo conhecedor de A Portuguesa( visionem o vídeo em baixo), com tedencias fascistas, visto que fazia varias menções a António de Oliveira Salazar, com afirmações como: " Isto no tempo do Salazar e que era! " e vários " Viva Portugal! ". Era deste modo, um amante do colonialismo
Viagem de Comboio rumo a Goa.
A casa dos Braganças
Alito "Palito" Ursola D'Sousa
Igreja da Imaculada Conceição, que celebra missas em português.
Arco dos Vice-Reis, por onde os portugueses entravam em Goa.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Varanasi
Uma das milhentas pilhas de lenha espalhadas pela cidade.
Manikarnika Ghat, a principal de Varanasi onde o fogo sagrado usado para a cremacao dos corpos arde ha 5000 anos.
Diogo a usufruir da caridade de uma crianca Indiana que lhe pagou um sorvete.
Nas ruas estreitas da Old City
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Tesourinhos Deprimentes
sábado, 23 de agosto de 2008
Amritsar - "O Santo " e " O Curioso "
Voltando atras, durante a interminavel viajem ate Delhi, conhecemos um jovem indiano de 21 anos, formado em engenharia electrotecnica, a que todos condordamos de chamar " O Santo ". Ao rapaz so lhe faltavam as asas brancas, fechava a janela do compartimento quando esta era invadida por pequenas, mas dolorosas, tempestades de areia, dado que parte da linha de comboio tomava parte no deserto, dava-nos conselhos sobre a melhor maneira de lidar com o povo da India, pagou-nos o jantar, durante uma escala de aproximadamente 1 hora que fizemos em Jodhpur, e mais um numero infindavel de coisas, que eu, honestamente, nao era pessoa para fazer a um qualquer estrangeiro que encontrasse na minha patria. No fim houve ate uma troca de galhardetes entre o Bernardo e Sourav (O Santo), onde foi trocada uma camisola de Portugal por um colar tipico Indiano.
Dentro do comboio que nos trouxe ate a Amritsar, em tudo semelhante ao " Expresso do Oriente" ( passe o exagero, mas ao fim de 3 semanas de renuncia a riqueza, e legitimo empolar um pouco os aspectos mais requintados), um Sikh( religiao muito presente na cidade onde nos encontramos) a que optamos de apelidar de " O Curioso ", fez-nos todas as perguntas do mundo, sem o menor tipo de pudor ou vergonha, tal como: " Como e que voces os 5 podem pagar uma viagem com esta? ", " Os vossos pais sao ricos? ", " Quais sao, para voces, os aspectos mais negativos da India? ", estas foram, sem duvida, as 3 questoes mais incomodativas, em que tentamos, por todos os meios, dar a volta.....
Centrando-me em Amritsar, a terra do Sikhismo, a cidade e parecida com as grandes e populosas que temos conhecido, no entanto, as pessoas sao bastante diferente, pelo menos, em termos de estactura. Os Sikhs sao muito mais altos e encorpados que a maioria dos indianos, todos usam longas barbas, a cabeca tem obrigatoriamente que estar coberta por um turbante, e a maneira de os distinguir do Hindus e Muculmanos.
No primeiro dia demos uma pequena volta pela cidade, que e centrada pelo famoso GOLDEN TEMPLE, um local de culto para os Sikhs. Ao fim da tarde tomamos um taxi para ir ver uma das mais famosas atraccoes turisticas da regiao, a cerimonia de encerramente da fronteira com o Paquistao. O evento e diario, com uma numerosa assistencia e muito pitoresco! Nunca tinha estado tao perto de uma pais, considerado, hostil, mas tudo correu pelo melhor, com mais sorte que a malograda Benazir Butto.
No dia de hoje, umas horas antes da publicacao deste Post, visitamos o GOLDEN TEMPLE, numa manha de monsao( como poderao visionar na foto-reporagem). O templo e revestido por cerca de 100 kg de ouro, data do seculo XVI, e o interior e deveras impressionante!
Em seguida partimos num comboio de 22 horas, em Sleeper Class AC, com destino a Varanasi.
Uma amostra de um comboio indiano...
Cerimonia da fronteira, do outro lado a 'torcida' Paquistanesa.
A 'torcida' Indiana, naturalmente em superioridade numerica...
Connosco no jipe ate a fronteira, Nani!
Vestidos a rigor para visitar o 'Vaticano' dos Sikhs.
Uns amigos Indianos que fizemos enquanto esperavamos que a chuva parasse
Uma amostra das moncoes. De referir que temos tido imensa sorte, pois este foi apenas o terceiro dia de chuva que apanhamos.
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Detalhes tecnicos
Entre Udaipur e Jaisalmer ha a cidade de Jodhpur que nao aparece neste mapa.
Jaisalmer
Chegamos a Jaisalmer pelas 2:00 da manha, a saida do Bus estava um empregado do Hostel que haviamos marcado na vespera a noite. O local era bastante simpatico e relativamente limpo! Estava situado a cerca de 50 metros da muralha que envolve a cidade, e com uma vista previligiada para a Golden City.
Na primeira manha, depois de um pequeno-almoco no roof top do Hostel, fomos visitar a bonita cidade de Jaisalmer que, como ja referi,. esta envolta por uma estenca muralha dourada. A principal atraccao e o Fort local, anteriormente habitado pelo Mahraja e sua familia.
No segundo dia tivemos uma experiencia unica: um safari no deserto do Rajastao! Para o Tomas, Ze e Bernardo, nao foi novidade visto que ja o tinham feito no verao passado em Marrocos, para o Diogo e para mim foi a estreia absoluta nestas lides. Apos uma viagem de 1h 30 de Jipe, seguimos de camelo deserto fora, a merce de 6 animais com bocas e 4 individuos que nao se intitulavam nem indianos nem paquistaneses, apenas como filhos do deserto.
Ao fim de 2 h paramos numa sombra estrategica para descanso, dos animais e desertinos, onde nos foi servido um delicioso almoco, com aperitivos e tudo a que tinhamos direito. Seguidamente prosseguimos em direccao as dunas onde passariamos a noite, ao relento, com a compnhia de uns milhares de escaravelhos desejosos de entrar nos nossos sacos-cama ( ficamos a saber que esses pequenos tesouros do deserto se alimentam dos " presentes " que os camelos vao deixando ao longo do areal.
Acordamos pouco depois no nascser do sol, um tanto ou quanto gelados mas bem-dispostos. Os nossos guias estavama preparar-nos um pequeno-almoco quase ocidental, com torradas com manteiga e cha. Depois da refeicao, apetrechamos os camelos e voltamos para o local onde o jipe nos deixara na vespera e nos voltaria a apanhar para nos levar de volta a Jaisalmer
Palacio do Maharaja dentro do Forte
Ze, Tomas e Pedro vestiram-se a rigor para a aventura no deserto.
Rumo as dunas do Thar
'Dunas, sao como divas...'
O mar de dunas do Thar
O filho do deserto responsavel pelas nossas vidas no Thar
Vista nocturna do nosso 'quarto'.
Passeio matinal, rumando de volta a Jaisalmer.